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Rota direto à Europa

O anúncio oficial, ontem, de que Fortaleza será um centro de conexões do Norte e Nordeste para voos com destinos à Europa coloca a cidade, definitivamente, em uma promissora rota de crescimento econômico por meio de toda a cadeia que o turismo é capaz de impulsionar.

A escolha da Air France-KLM e da parceira nacional Gol por Fortaleza reconhece o imenso potencial da Capital cearense, por sua posição geográfica estratégica e mais ainda pelas perspectivas de evolução na infraestrutura logística.

Inicialmente, “hub” deverá contar com cinco voos semanais envolvendo Paris (duas frequências) e Amsterdã (três frequências), com viagens diretas saindo e chegando à Capital do Ceará, a partir de maio do próximo ano. A “aproximação” de Fortaleza com o continente europeu renderá também aumento na oferta de voos domésticos, incluindo voos com Recife, Salvador, Manaus e Belém, fato que dará sustentação para que novas conexões sejam atraídas no futuro.

Vale lembrar que Fortaleza continua entre as possíveis sedes de outro “hub”, o da Latam, a ser instalado no Nordeste. As possibilidades de ser a eleita também para esta empreitada são efetivas, uma vez que o Município vem ganhando reforços importantes.

Mesmo em meio à recessão, a Capital vem colecionando notícias positivas quando o assunto é investimento em infraestrutura aeroviário. Antes da concretização dos voos rumo à França e Holanda, a concessão do Aeroporto Internacional Pinto Martins para a empresa privada alemã Fraport já prenunciava bons ventos no setor.

Enquanto ficou nas mãos da gestão pública, equipamento manteve-se atrasado e nem a realização da Copa do Mundo fez destravar as obras de ampliação e melhorias que há muito eram prometidas. Sob a nova administração, à qual caberá gerir o aeroporto por 30 anos, espera-se que tais demandas reprimidas, enfim, saiam do papel.

O maior número de visitantes que os novos voos naturalmente trarão necessita de organização e manutenção aprimoradas no terminal. Conforme prevê o contrato de concessão, a Fraport terá de investir entre R$ 1,7 bilhão e R$ 2 bilhões no Aeroporto Pinto Martins, devendo, ainda nos dois primeiros anos, expandir o terminal de passageiros e o pátio de aeronaves, que terá mais cinco pontes de embarque. Com a expectativa de melhora na economia nacional, a demanda por passagens aéreas tende a ficar aquecida, e os investimentos que estão aterrissando poderão ser convertidos em crescimento de receitas e geração de empregos em diferentes ramos. Centros de conexão não são meros locais de parada de passageiros.

Com tantos cartões-postais, o Ceará pode fisgar quem está de passagem para conhecer suas atrações.

Em contrapartida, a cadeia turística e o comércio precisam estar cada vez mais afinados com as necessidades dos viajantes, cujo nível de exigências cresce progressivamente. Qualificação de mão de obra, infraestrutura hoteleira e urbana, segurança e preservação dos vários atrativos turísticos do Estado são aspectos imprescindíveis para estabelecer um vínculo satisfatório com os visitantes.

As conquistas enfatizam a vocação turística que sempre foi inerente às belezas do Ceará e à hospitalidade do seu povo, com a diferença de que agora pode ser uma era na qual tal aptidão esteja alicerçada em infraestrutura apropriada. Ao virar um “hub” Internacional, Fortaleza precisará seguir padrões de qualidade compatíveis com seu novo “status”.





Votuporanga, 09 de Outubro de 2017


Jornal Diário do Nordeste - 26 de setembro 2017 - Ano XXXVI - nº 12.741




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